segunda-feira, 2 de novembro de 2015

O Rato e Ratoeira

"Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que haveria ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos: há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!
A galinha disse: desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e disse: há uma ratoeira na ...casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranquilo que o Sr. Será lembrado nas minhas orações.
O rato dirigiu-se à vaca. E ela lhe disse: o que? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então, o rato voltou para casa abatido por ter que encarar a ratoeira. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o da ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pegado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital.
Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo."
Moral da História:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando "há uma ratoeira na casa ou no departamento onde você trabalha", toda a fazenda ou a empresa correm risco.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

O Trabalho de 5 Dólares

"A Condessa sempre andava com uma bengala, não apenas como ponto de apoio, mas como instrumento de castigo para qualquer jovem que ela achasse que o merecia. E, num momento ou em outro, a maioria dos meninos de nossa vizinhança parecia ter essa necessidade. Sendo rápido e permanecendo alerta, eu conseguira ficar fora do alcance de sua bengala. Mas certo dia, quando eu tinha 13 anos, cortei caminho atravessando sua cerca, e a bengala chegou a raspar minha cabeça. ‘Ai!’ gritei eu, pulando para longe dela.
‘Meu rapaz, quero conversar com você,’ disse ela. Eu fiquei esperando um sermão sobre os males da invasão, mas, ao olhar para mim, meio sorrindo, ela pareceu mudar de idéia.
‘Você não mora naquela casa verde com salgueiros, no outro quarteirão?’
‘Moro, sim, senhora.’
‘Você cuida do seu gramado? Coloca água nele? Apara-o?’
‘Sim, senhora.’
‘Ótimo! Eu perdi meu jardineiro. Esteja em minha casa quinta-feira pela manhã, às sete horas, e não me diga que tem outra coisa para fazer; eu já vi você vagabundeando às quintas-feiras.’
Quando a Condessa dava uma ordem, era obedecida. Não me atrevi a faltar na quintafeira. Tive que cortar a grama três vezes, até ela ficar satisfeita, e depois ela me fez agachar-me e arrancar os matinhos, até que meus joelhos ficaram verdes como a grama. Finalmente, chamou-me para o terraço.
‘Bem, meu rapaz, quanto quer pelo seu dia de trabalho?’
Não sei. Talvez meio dólar.’
‘É isso que você acha que vale?’
‘É, sim, senhora. Mais ou menos isso.’
‘Muito bem. Aqui estão os 50 centavos que você diz que vale, e aqui o dólar e meio que eu ganhei para você empurrando-o. Agora vou dizer-lhe como é que nós dois vamos trabalhar juntos. Há inúmeras maneiras de se cortar a grama, e elas podem valer de 1 centavo a 5 dólares. Digamos que um trabalho de 3 dólares seria o que fez hoje, se tivesse feito tudo sozinho. Um trabalho de 4 dólares seria tão perfeito que você seria um bobo, se passasse tanto tempo assim trabalhando num jardim. Um trabalho de 5 dólares é—bem, isso seria impossível, portanto esqueçamos essa parte. Bem, vou pagar-lhe, cada semana, de acordo com sua própria avaliação do trabalho realizado.’
Saí de lá com meus 2 dólares, mais rico do que jamais me sentira em toda minha vida e determinado a conquistar 4 dólares na semana seguinte. Mas não consegui nem mesmo alcançar a marca dos 3 dólares. Comecei a fraquejar na segunda rodada de limpeza.
‘Dois dólares novamente, hein? Esse tipo de trabalho o coloca em perigo de ser despedido, meu jovem.’
‘Sim, senhora. Mas trabalharei melhor na próxima semana.’
E, de alguma forma, eu consegui. Na última rodada de limpeza do jardim, eu estava exausto mas, não sei como, forcei-me a continuar. No entusiasmo daquela nova sensação, não hesitei em pedir 3 dólares à Condessa.
Todas as quintas-feiras, durante as quatro ou cinco semanas seguintes, variei entre 3 a 3 dólares e meio. Quanto mais me familiarizava com o jardim, lugares onde a terra era mais alta ou mais baixa, pontos onde a grama precisava ficar bem baixa ou um pouco mais alta nos cantos, para que as curvas do jardim ficassem mais bonitas, mais eu me conscientizava do que consistia um jardim de 4 dólares. E toda semana eu me decidia a realizar aquele tipo de trabalho. Mas, quando alcançava a marca dos 3 dólares e meio, estava cansado demais até para me lembrar de que tivera a ambição de passar daquele ponto.
‘Você me parece um bom e constante menino de 3 dólares e meio’, dizia ela, ao me entregar o dinheiro.
‘Acho que sim.’ dizia eu, feliz demais com a visão do dinheiro para lembrar-me de que minha meta inicial fora mais alta.
‘Ora, não fique muito triste,’ ela me consolava. ‘Afinal de contas. existe no mundo apenas um punhado de gente que seria capaz de fazer um trabalho de quatro dólares.’
E essas palavras, a princípio, eram um consolo. Mas, pouco a pouco, sem que eu percebesse o que estava acontecendo, esse consolo começou a me irritar, fazendo-me decidir que executaria um trabalho de 4 dólares, nem que isso me matasse. No calor de minha decisão, via-me expirando no jardim, com a Condessa curvada sobre mim, estendendo-me os 4 dólares com lágrimas nos olhos, suplicando-me perdão por pensar que eu não era capaz de alcançar aquela marca.
Foi no meio de uma dessas visões, numa noite de quinta-feira, quando eu estava tentando esquecer a derrota daquele dia e dormir um pouco, que a verdade me atingiu como um raio, fazendo-me sentar na cama, quase sufocado pela emoção. Era o trabalho de 5 dólares que eu precisava realizar, não o de 4! Eu tinha de fazer o trabalho que ninguém mais conseguiria, por ser impossível!
Tinha plena consciência das dificuldades que me esperavam. Havia o problema, por exemplo, dos ninhos de minhoca, na terra. Talvez a Condessa nem os tivesse notado, pois eram muito pequenos. Mas, com os pés descalços, eu sabia a respeito deles, e precisava dar um jeito. E poderia continuar a aparar os canteiros com a tesoura, mas sabia que um trabalho de 5 dólares exigia que eu marcasse as bordas dos canteiros com uma linha esticada entre duas pedras, para cortar com exatidão, em linha reta. E havia outros problemas que apenas meus pés e eu conhecíamos.
Iniciei na quinta-feira seguinte, passando um rolo pesado sobre os ninhos de minhocas. Após duas horas fazendo isso, já estava pronto para terminar meu dia! Eram apenas nove horas da manhã, e minha força de vontade já estava desaparecendo! Foi por acaso que descobri como reconquistá-la. Sentado debaixo de uma nogueira, para descansar alguns minutos, caí no sono. Quando acordei, instantes mais tarde, o jardim pareceu tão bonito a meus olhos descansados, e a terra tão gostosa debaixo de meus pés, que desejei ardentemente continuar o trabalho.
Segui esta fórmula secreta durante todo o dia, cochilando por alguns minutos no final de cada hora de trabalho, para renovar minha perspectiva e minhas energias. Entre cochilos, passei o cortador de grama quatro vezes, duas no sentido do comprimento e duas no sentido da largura, até que o gramado ficou parecendo um tabuleiro de xadrez, feito de veludo.
Depois, cavei ao redor de cada uma das árvores, retirando os pedaços duros de terra e desmanchando-os com as mãos, para depois passar o aparador, de forma regular e simétrica. Em seguida, cortei a grama que crescia entre as lajes que compunham o caminho principal.
Fiquei com as mãos feridas de segurar a tesoura, mas o caminho nunca pareceu tão bonito.
Finalmente, lá pelas oito horas da noite (…) tudo estava terminado. Estava tão orgulhoso, que nem me sentia cansado, quando bati à porta.
‘Bem, como foi hoje?’ ela perguntou.
‘Cinco dólares,’ respondi, tentando manter-me calmo e frio.
‘Cinco dólares? Você quer dizer, quatro, não é? Eu lhe disse que um trabalho de cinco dólares era impossível.’
‘Não, não é. Acabei que realizá-lo.’
‘Bem, meu jovem, o primeiro jardim de 5 dólares da história, certamente merece uma observação cuidadosa.’
Caminhamos pelo jardim juntos, à última luz da tarde, e até mesmo eu estava duvidando da possibilidade de fazer o que havia feito.
‘Meu jovem,’ disse ela, colocando a mão no meu ombro, ‘o que foi que o levou a fazer uma coisa tão louca e maravilhosa?’
Eu não sabia o que fora, mas, mesmo que soubesse, não poderia ter explicado, em meio ao entusiasmo de ouvi-la dizer que eu havia feito.
‘Acho que sei,’ continuou ela, ‘como você se sentiu, quando teve a idéia de realizar um trabalho que eu lhe dissera ser impossível. A princípio ficou muito feliz, e depois um pouco amedrontado. Não é verdade?’
Ela percebeu que estava certa, pela surpresa em meu rosto.
‘Eu sei como se sentiu, porque a mesma coisa acontece com quase todo mundo. As pessoas sentem este impulso de realizar uma grande coisa. Sentem uma enorme felicidade, mas esse sentimento passa, porque elas dizem: “Não, não vou conseguir. Isso é impossível.” Sempre que algo dentro de você disser “É impossível”, lembre-se de fazer um exame cuidadoso. Veja se não é realmente Deus que lhe está pedindo que cresça um centímetro, ou um metro, ou um quilômetro, para que você alcance uma vida mais plena.
Desde aquela época, cerca de 25 anos atrás, quando me sinto em um beco sem saída, diante do aparecimento daquela palavra ‘impossível’, experimento novamente o inesperado impulso, um salto dentro de mim, sabendo que o único caminho possível passa bem pelo meio do impossível.” 

Richard Thurnam “The Countess and the Impossible

domingo, 18 de outubro de 2015

Seleção de Emprego

      
        Numa entrevista de emprego três motoristas participaram da seleção:
         O primeiro motorista falou: eu sou tão bom que num alto do penhasco eu dirijo em alta velocidade e na borda da pista e nunca tive um acidente.
         O segundo motorista tomou a palavra e disse: eu sou tão bom que dirijo em alta velocidade na borda pista e de duas rodas
         O terceiro motorista foi falar de suas qualidades: eu dirijo sempre longe do desfiladeiro, com atenção aos perigos da via e assim sempre pude me precaver dos perigos da nossas estradas.
  Estava acontecendo uma seleção para emprego e depois de algumas etapas três homens ficaram para a entrevista com o dono da transportadora. Na entrevista o dono pediu que cada um falasse sobre suas qualidades como caminhoneiro.
         O entrevistador se admirou com o terceiro motorista e sua sabedoria. Então, ele foi contratado.
         Quem você contrataria? Devemos buscar sempre minimizar os riscos que assumimos. Como dizia um grande cantor brasileiro "disciplina é liberdade". Podemos ter escolhas, mas não podemos escolher as consequências. Sabedoria é luz para nosso caminho.

A Lei do Caminhão de Lixo


      Um dia peguei um táxi e fomos direto para o aeroporto. Estávamos rodando na faixa certa quando de repente um carro preto saltou do estacionamento na nossa frente. O motorista do táxi pisou no freio, deslizou e escapou do outro carro por um triz! O motorista do outro carro sacudiu a cabeça e começou a gritar para nós. O motorista do táxi apenas sorriu e acenou para o cara. E ele o fez bastante amigavelmente.
      Assim eu perguntei: Porque você fez isto? Este cara quase arruína o seu carro e nos manda para o hospital!' Foi quando o motorista do táxi me ensinou o que eu agora chamo “A Lei do Caminhão de Lixo". Ele explicou que muitas pessoas são como caminhões de lixo. Andam por ai carregadas de lixo, cheias de frustrações, cheias de raiva, e de desapontamento. À medida que suas pilhas de lixo crescem, elas precisam de um lugar para descarregar, e às vezes descarregam sobre a gente. Não tome isso pessoalmente. Apenas sorria, acene, deseje-lhes bem, e vá em frente.
      Não pegue o lixo delas e espalhe sobre outras pessoas no trabalho, em casa, ou nas ruas. O princípio disso é que pessoas bem sucedidas não deixam os seus caminhões de lixo estragar o seu dia.
 
A vida é muito curta para levantar cedo de manhã com remorso, assim...
Ame as pessoas que lhe tratam bem.
Ore pelas que não o fazem.
E tenha um dia abençoado, livre de lixo!
Lembrem-se da sabedoria da água:
'Ela nunca discute com seus obstáculos, simplesmente os contorna’.

(Autor desconhecido)

O Garoto e as Maçãs

Um garoto segurava em suas mãos duas maçãs. Seu pai se aproximou e lhe pediu com um belo sorriso: "filho, você poderia dar uma de suas maçãs para o papai?" O menino levanta os olhos para seu pai durante alguns segundos,  e morde subitamente uma das maçãs e logo em seguida a outra. O pai sente seu rosto se esfriar e perde o sorriso. O pequeno olha para seu pai, ergue uma das maçãs e  com sorriso de anjo e diz: "Fica com essa papai, essa é a mais doce"
Retarde sempre o seu julgamento sobre as pessoas. Dê aos outros o privilégio de poder se explicar. Mesmo se a ação parece errada.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A História do Beija-Flor



Era uma vez uma enorme floresta que estava sendo consumida por um incêndio. Todos os animais da floresta estavam espantados ​​com a queima da floresta e se sentiam tristes e impotentes, exceto um pequeno beija-flor. Ele dizia: "Eu vou acabar com este o fogo! ' E ia no rio mais próximo pegava uma gota de água e jogava no fogo. Ele ia de um lado para outro, de gota em gota, tão rápido quanto possível.
Nesse meio tempo todos os outros animais, animais muito maiores, como o elefante com um grande tronco que poderia trazer muito mais água, continuavam parados e impotentes. E eles disse ao beija-flor, 'O que você acha que pode fazer? Isso é muito pouco. Este fogo é muito grande. Suas asas são muito pequenas e seu bico é tão pequeno que você só pode trazer uma pequena gota de água de cada vez. "
Sem perder com o desencorajamento de cada animal da floresta diz-lhes: "Eu estou fazendo o melhor que posso."E isso para mim é o que todos nós devemos fazer". 

Autora: Wangari Maathai – Prêmio Nobel da Paz de 2004!
Devemos estar sempre como um beija-flor. Pode ser insignificante, mas certamente não devemos ser como os animais assistindo o planeta indo pelo ralo. E mesmo nas outras atividades devemos fazer o melhor que podemos.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Pedreiro


Havia um homem que trabalhou como pedreiro toda sua vida, seu trabalho sempre foi de excelência. Cada casa era feita com empenho e dedicação, além de muito suor. Ele era muito elogiado e recomendado em toda região até que chegou o dia de sua aposentadoria.
Entretanto, antes da aposentadoria seu patrão pediu que ele construísse uma última casa e isso o deixou transtornado: "Quando chega a época do meu descanso esse senhor vem me falar para que eu continue trabalhando, não é justo. Ele também vai ver como vai ficar essa casa."
O homem fez sua última casa em tempo recorde e de qualquer maneira: utilizou-se dos piores materiais, subiu paredes tortas, colocou janelas e portas mal ajustadas, o piso ficou com desnível e vários outros problemas.
Quando foi entregar as chaves da casa para seu patrão ele foi surpreendido: "Pelo seu excelente trabalho gostaria que ficasse com as chaves dessa casa em agradecimento a tudo que você já fez por essa empresa".

Não adianta fazer só parte do trabalho bem feito, mas todo o trabalho precisa ser bem feito.